Você já ouviu falar em agentic commerce? Essa tendência promete ser a próxima revolução no comércio eletrônico de grandes empresas e já é uma realidade em alguns países como os Estados Unidos.
O Agentic Commerce utiliza a Inteligência Artificial para realizar compras online, sem a necessidade de qualquer intervenção humana durante o processo. Para os e-commerces, é essencial se preparar para essa mudança na forma de consumo.
O que é agentic commerce?
Agentic commerce consiste em utilizar a Inteligência Artificial para criar bots agentes de compras online, capazes de simular as ações e o comportamento humano.
Por exemplo, é possível solicitar que um agente encontre um notebook especializado em rodar vídeos de alta performance com um preço limite de até R$ 4.500.
O bot irá identificar as melhores opções, comparar avaliações e especificações, negociar o melhor preço daquele produto e até mesmo finalizar a compra para você, tudo com apenas um comando.
A utilização de agentes de IA no comércio eletrônico obrigará que os varejistas otimizem seus sites e processos de compra para os bots dos seus clientes.
Em paralelo, as equipes de fraude e risco precisarão diferenciar os bots bons e os bots ruins – aqueles utilizados por fraudadores – instantaneamente, além de treinar modelos de machine learning para interpretar novos sinais característicos de agentes de IA benignos comprando em nome de clientes fiéis.
Segundo o diretor de tecnologia da Signifyd, Varun Kumar, é provável que os varejistas precisarão criar universos paralelos de compras online: o primeiro seria projetado para lidar com a forma na qual os humanos gostam de comprar, e o segundo, pensado para agentic commerce.
Como o agentic commerce está mudando o e-commerce?
Segundo uma pesquisa feita pela SellersCommerce, estima-se que o tamanho do mercado de e-commerces habilitados para IA alcance até US$ 5,1 bilhões ainda em 2025, com previsão de crescimento em quase dez vezes nos próximos cinco anos.
Outro dado apontado no relatório Connected Shoppers, da SalesForce revela que, para 75% dos varejistas, os agentes de IA serão essenciais até 2026.
Grandes empresas já atuam com agentic commerce. A Amazon, por exemplo, possui em seu aplicativo nos EUA a função “Buy for me”, que como o nome sugere, permite que as compras sejam feitas de forma automatizada.
O cenário para o agentic commerce é promissor, mas provavelmente não veremos uma migração em massa para um mundo onde agentes de IA concluam compras automaticamente tão cedo: ainda existe uma parcela considerável de consumidores que têm receio em entregar cegamente suas carteiras digitais a robôs de compras. Ao que tudo indica, esta é uma tendência que deve se consolidar gradualmente.
Como se preparar para a era do agentic commerce?
Profissionais de fraude e risco precisarão adotar soluções e sistemas antifraude que forneçam proteção comercial contra bots e pessoas mal-intencionadas, sem rejeitar pedidos de agentes de IA e clientes humanos legítimos.
“Isso introduz muitas mudanças fundamentais em termos de risco, visibilidade e controle”, cita o diretor de inteligência de risco da Signifyd, Xavi Sheikrojan.
Por isso, é preciso ficar atento a alguns aspectos e desafios que acompanham o uso dessa tecnologia:
Falta de visibilidade e clareza
O conceito de agentic commerce traz consigo uma falta de visão sobre onde, ao longo da jornada de compra, surgem as principais vulnerabilidades do consumidor.
A introdução de bots de terceiros pode dificultar a identificação de fraudes no site do varejista, o que pode tornar a atribuição de responsabilidades e prestação de contas mais complexa.
Além disso, o número de chargebacks pode aumentar consideravelmente, dependendo da falta de informações claras entre o consumidor e o agente.
Foco na engenharia social
Esquemas de phishing e falsificação de identidade podem aumentar. Redes de fraude podem lançar golpes de engenharia social, o que exigirá uma maior cautela para evitar esse tipo de ação.
Maiores taxas de devolução
Se o agentic bot estiver fornecendo fotos e descrições de produtos, guias de tamanhos ou avaliações, é possível que algumas dessas informações sejam imprecisas, dependendo da fonte original.
Informações incorretas podem levar à decepção por parte dos consumidores e à solicitação de devolução e reembolso de maneira mais recorrente.
Como a Signifyd pode ajudar varejistas no novo mundo do agentic commerce?
Uma vez que a Inteligência Artificial desempenha um papel cada vez maior nas jornadas de compras online dos consumidores, as soluções de proteção comercial focadas em IA se tornam ainda mais importantes.
A plataforma antifraude da Signifyd combina dados em escala e a sofisticação dos modelos de machine learning necessários para se preparar para o futuro do comércio.
A tecnologia conta com o respaldo de especialistas em fraude, risco e dados, que podem fornecer o tipo de orientação consultiva que todo varejista de sucesso precisará à medida que o mundo continua a evoluir e inovar.
Confira alguns dos recursos:
- Compreensão de identidade e intenção: para operar com sucesso na era do agentic commerce, a plataforma da Signifyd, impulsionada por IA, estabelece padrões de comportamento atualizados constantemente por sinais comportamentais e transacionais observados através dos milhares de e-commerces que a empresa protege em diversos setores do varejo ao redor do mundo. Dados para melhores insights: a Signifyd fornece percepções sobre os metadados dos agentes de compra e analisa suas intenções orientadas por IA. Isso fornece aos e-commerces um contexto importante por trás de cada compra, combinando o reconhecimento de padrões globais com percepções de transações individuais.
- Proteção e gestão inteligente de devoluções: a Signifyd também atua na proteção contra o aumento de devoluções — sejam elas abusivas, fraudulentas ou excessivas — decorrentes de comportamento de bots. O Decision Center da Signifyd permite que os lojistas personalizem a resposta às solicitações de devolução em tempo real, de acordo com risco que elas apresentam. Já a funcionalidade de Instant Refunds oferece uma maneira de calibrar e flexibilizar a velocidade com que o reembolso é aprovado, a fim de providenciar experiências superiores que ajudam a reter clientes leais, sem ter que estabelecer um padrão generoso, mas arriscado de forma ampla para todas as transações.